segunda-feira, 20 de julho de 2009

As surpresas da vida


Neste final de semana, como  muitos, fui  ao encontro  da  fantasia através das aventuras do menino bruxo  Harry Potter. Na realidade, buscava  como toda a  gente resgatar a  força do Herói que está escondido por trás da chamada vida adulta - a criança. Na realidade, o adulto nos oprime no dia-a-dia.
O curioso é que só descortinamos nestes filmes de bruxas, mestres corajosos e vilões sem nome, que na realidade está ali representado o quotidiano chato que muitos de nós vivemos, e na verdade gostaríamos de mudar.
Sabem o mais estranho? Achei que este filme parecia demais a realidade da nossa vida diária, na qual lutamos desesperadamente para não estarmos sozinhos. Por termos muito medo da nossa própria companhia, já que, quando estamos sós, é quando estamos realmente acompanhados de nós, e isso deveria, supostamente, ser muito bom. Mas, como dizia, os jovens Heróis lá estavam, todos loucos pela companhia do outro, e com certeza, totalmente desatentos com a questão do fim do mundo. Embora eu também ache que a única coisa que acaba realmente é o segundo que passou, e que a cada momento conseguimos ajudar o mundo para ser eterno - se necessário for. Por isso, não me fio muito nesta historia sobre o fim do mundo. Estou na Terra em busca da idade do Céu ,e isso depende apenas da minha entrega, da minha conduta, e da vontade do “Pai”.
Houve ainda mais uma coisa que me impressionou neste filme, e não sei se todos tiveram a mesma impressão: na hora da morte do grande mestre Dumbledore, no momento exacto em que tudo parecia perdido e o Herói banhava-se - como todos - em lágrimas, o senhor das trevas criava volume na sua maldade; mas todos os jovens alunos bruxos e os seus professores levantaram juntos as suas varinhas humildes diante da tempestade do mal, e ele recuou e voltou às trevas, de onde só sai, porque nós, às vezes, perdemos muito tempo em dar poder aos nossos inimigos, quando devíamos assumir verdadeiramente a nossa força e a nossa responsabilidade diante de Deus.
Saí da sessão a pensar que ainda haveria guerras a travar, mas que o director da vida deveria gravar a grandiosidade daquele momento onde a união fez a força; e a pensar ainda que, na realidade, nada pode realmente com o “Bem”, pois quando este se une é a própria força, e nada pode contra isso. Mas, em relação ao filme... esta é outra história.

Sussuca Ferreira

Nota: Caso queira me contactar, deixe um comentário ou envie e-mail para: sussucakferreira@gmail.com