Neste final de semana, como muitos, fui ao encontro da fantasia através das aventuras do menino bruxo Harry Potter. Na realidade, buscava como toda a gente resgatar a força do Herói que está escondido por trás da chamada vida adulta - a criança. Na realidade, o adulto nos oprime no dia-a-dia.
O curioso é que só descortinamos nestes filmes de bruxas, mestres corajosos e vilões sem nome, que na realidade está ali representado o quotidiano chato que muitos de nós vivemos, e na verdade gostaríamos de mudar.
Sabem o mais estranho? Achei que este filme parecia demais a realidade da nossa vida diária, na qual lutamos desesperadamente para não estarmos sozinhos. Por termos muito medo da nossa própria companhia, já que, quando estamos sós, é quando estamos realmente acompanhados de nós, e isso deveria, supostamente, ser muito bom. Mas, como dizia, os jovens Heróis lá estavam, todos loucos pela companhia do outro, e com certeza, totalmente desatentos com a questão do fim do mundo. Embora eu também ache que a única coisa que acaba realmente é o segundo que passou, e que a cada momento conseguimos ajudar o mundo para ser eterno - se necessário for. Por isso, não me fio muito nesta historia sobre o fim do mundo. Estou na Terra em busca da idade do Céu ,e isso depende apenas da minha entrega, da minha conduta, e da vontade do “Pai”.
Houve ainda mais uma coisa que me impressionou neste filme, e não sei se todos tiveram a mesma impressão: na hora da morte do grande mestre Dumbledore, no momento exacto em que tudo parecia perdido e o Herói banhava-se - como todos - em lágrimas, o senhor das trevas criava volume na sua maldade; mas todos os jovens alunos bruxos e os seus professores levantaram juntos as suas varinhas humildes diante da tempestade do mal, e ele recuou e voltou às trevas, de onde só sai, porque nós, às vezes, perdemos muito tempo em dar poder aos nossos inimigos, quando devíamos assumir verdadeiramente a nossa força e a nossa responsabilidade diante de Deus.
Saí da sessão a pensar que ainda haveria guerras a travar, mas que o director da vida deveria gravar a grandiosidade daquele momento onde a união fez a força; e a pensar ainda que, na realidade, nada pode realmente com o “Bem”, pois quando este se une é a própria força, e nada pode contra isso. Mas, em relação ao filme... esta é outra história.
Sussuca Ferreira
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